sexta-feira, 27 de março de 2009

Com as árvores as aves voltam (escrito por Elizabeth Hofling)


Com as árvores, a volta dos pássaros. Ornitólogo destaca importância da arborização do Jardim Ângela e dá dicas de quais árvores frutíferas atraem mais aves A estratégia de fazer com que a comunidade adote as árvores e cuide delas é a chave do sucesso de qualquer programa de arborização. A opinião é do ornitólogo Aloísio Pacini Tostes, especialista em pássaros que vive em Ribeirão Preto e autor de vários livros sobre criação de aves. “As dezenas de árvores plantadas nos colégios estarão atraindo pássaros para lá em um prazo de três a cinco anos, quando elas florescerem e frutificarem.” Segundo Tostes, as árvores frutíferas que estão sendo usadas nas escolas têm potencial para atrair todo o tipo de aves. Ele diz que as crianças do Jardim Ângela, hoje acostumadas a verem apenas pombas, conhecerão pássaros como tiziu, sanhaço, sabiá, saíra, siriri, coleirinha, bem-te-vi, sebinho, curruíra e rolinha. “Essas aves fazem parte dos ecossistemas das árvores que estão sendo reintroduzidos no bairro.” O especialista explica que a cidade virou um refúgio para os pássaros. Entretanto, isso não significa que as aves estão vivendo bem. “Na verdade, elas estão vindo para a cidade por causa da destruição de seus ecossistemas na periferia e do uso de agrotóxicos nos cinturões de lavouras.” Para Tostes, esse fenômeno tem aspectos positivos. “Os pássaros podem se reproduzir na cidade e, depois, repovoar seu entorno.” Antes de ser um município, os campos de Piratininga – fronteira da Mata Atlântica com as áreas inundáveis das várzeas dos rios – eram um paraíso para os pássaros, que encontravam alimento e refúgio. Naturalistas estrangeiros encantavam-se com as aves de São Paulo. Mas esses animais foram sumindo à medida em que a cidade consumia as florestas vizinhas. O estudioso norte-americano Warrean Dean contabilizou o desaparecimento de 101 das 285 espécies de pássaros da Mata Atlântica catalogados no século 19. Periquitos brasileiros Dentre os pássaros que estão voltando para São Paulo Tostes destaca sabiá-laranjeiras, tico-ticos, coleirinhas, bem-te-vis e maritacas e outros periquitos brasileiros (psitacídeos como o periquito-tuim e o periquito-bandeira). “Esses periquitos brasileiros eram muito comuns na cidade no século passado, quando havia alimento para eles: os frutos dos jerivás que enfeitavam os meandros do Rio do Pinheiros.” Tostes explica que cada árvore atrai os pássaros melhores adaptados a seu tipo de fruto. “A árvore da Mata Atlântica que atrai maior número de aves e animais, e não deve faltar em nenhum reflorestamento, é a embaúba, uma espécie pioneira de folhas grandes e muito resistentes”, diz o ornitólogo. “Seus frutos atraem praticamente todos os pássaros, além de outros animais, como micos, macacos e bichos-preguiças.” Outra árvore importante, segundo Tostes, é a magnólia nativa: “Ela atrai pequenas aves como a saíra-andorinha, a saíra-beija-flor e o tangará-dançarino.” A terceira espécie recomendada é a mariana, que recebe sabiás, saíras e pombas. Com a arborização das margens do Rio do Pinheiros, arapongas, macucos e codornas poderão voltar a habitar a região. Após despoluição do rio, aves aquáticas, como a garça-branca, patos, marrequinhos e frangos-d’água também deverão voltar a embelezar as margens. A opinião é da professora Elizabeth Hofling, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). “As aves que originalmente viviam nessa região são as mesmas que hoje vivem nos bosques da Cidade Universitária, bem ao lado do Rio Pinheiros.” Mata Atlântica Elizabeth conta que a Mata Atlântica é muito rica em pássaros – mais de 600 espécies já foram identificadas. “A volta das aves será muito bem-vinda porque elas embelezam a cidade, além de comerem insetos e polinizarem as plantas.” Para a pesquisadora, as mídias têm tido um papel muito importante no despertar da nova consciência ecológica, que faz com que as crianças não saiam matando aves com estilingues ou destruindo seus ninhos, como ocorria no passado. “Hoje, as pessoas pelo menos respeitam as outras formas de vida com as quais dividem o planeta.”

Bem vindo à Serra Verde Imperial


A Serra Verde Imperial é o trecho da serra do mar que se extende ao norte da cidade do Rio de Janeiro e se extende até quase a divisa com Minas Gerais, e de leste a oeste, abrangendo o trecho de serra entre as cidades de Friburgo e Petrópolis.

A “Cidade de Teresa”. Recebeu o nome de Teresópolis em homenagem a Imperatriz Dona Teresa Cristina, esposa de D.Pedro II. O clima local atraiu sobremaneira a família imperial que fazia da região um local de refúgio e de passeios prazerosos. A história do lugar, a indústria local, que vem se desenvolvendo rapidamente e os atrativos naturais da região, nos dão a possibilidade de aprender um pouco mais de História; Geografia; Biologia; Meio Ambiente e Setores Industriais.
Em 1818 a cidade foi colonizada por 100 famílias suíças que povoaram a região sob ordem de D.João VI, através do comando de Sebastião Nicolau Gachet. Em 1890 a localidade subiu a categoria de cidade, atraindo mais imigrantes, de outros países. Friburgo é hoje uma importante cidade do Estado do Rio de Janeiro, reunindo elementos culturais que juntamente com a História, e o Meio Ambiente, fazem dela um dos melhores destinos do Estado.

Petrópolis está localizada na Serra da Estrela. O aparecimento da cidade está intimamente ligado a D.Pedro I e ao Padre Correia. O imperador comprou em 1830 a Fazenda Córrego Seco, de propriedade do Sargento-Mór José Vieira Afonso, vizinha à Fazenda de seu amigo Padre, onde construiu seu palácio de verão. Visitar Petrópolis é mergulhar fundo na História; Geografia; Biologia; Meio Ambiente e Setores Industriais do Brasil Império e do Brasil atual.